quinta-feira, 30 de setembro de 2010

INSTRUMENTAL MACACO BONG.wmv

Programa estreia dia 11. Gravado em são paulo em maio, vai ao ar com musicas inéditas e entrevista com Bruno Kayapy, Ney Hugo e ynaiã benthroldo falando sobre o precesso da banda de circulação, gravação, festivais, circuito fde e mais.

;)

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

O gargalo da circulação

(ilustração)

Eae ?!

Aqui vai mais um texto, que era um email e depois que a Luiza Bittencourt ( Ponte Plural -RJ) falou comigo no Gtalk as 02:00 da manhã " man, posta o seu email no blog que ficou massa", bom, ai está.

Para quem não sabe a lista é a lista de bandas do FDE ( @foradoeixo). Para participar não precisa fazer parte de coletivos e afins; A ideia é ate colocar cada vez mais bandas que não estão na lista para conhecerem o trabalho. Quem estiver afim de participar da lista e das discussões ( que estão muito boas por sinal) basta mandar um email para : bandas@foradoeixo.org.br

Boa leitura ;)


Que massa galera.



O debate ta bem legal por aqui. Vou dar a minha contribuição para o
assunto.

Venho desde 2005 circulando com o MB. Desde o nosso 1º show fora, nós
não paramos mais.
Acredito que por alguns fatores determinantes:

- Disponibilidade - Não adianta ter outras prioridades concorrendo com
banda. uma hora ou outra a agua vai bater na bunda..

- Investimento - Isso sempre rola e vai rolar. Pagar as passagens,
transporte é inevitável. As empresas de transporte hoje não nos
enxerga como "produto" a ser investido. Ainda é muito complicado e
visualização deles perante a criação de cartões de fidelidades Mil. A
circulação via terrestre com o carro, para mim acaba sendo viável em
algumas condições. Facilitanto o "Booking" de shows e a capitalização
para isso. E falando em circular, o mercha é o que garante muito, e
faz com que o role muitas vezes saia empatado, pago. Feliz.!

- Formas Diferenciadas de Capitalização - O se tornar profissional da
musica possibilita uma area de atuação muito extensa. Voce se
capacitar em outras areas tambem contribui para um circulação maior do
seu trabalho, possibilitanto um contra partida interessante para quem
o "contrata". Com isso apreendi muito. Trabalhei com grandes nomes da
musica, e me capacitei de forma gigantesca.

- Auxilio da Rede - Todas as nossas tour foram organizadas em parceria
entre a banda e a rede de coletivos do FDE. Sem eles seria muito mais
dificil conseguir cincronizar as datas com as distancias, casas,
rotas, bandas locais, local para o evento, estrutura, transporte,
alimentação, hospedagem.... enfim tudo. Ate em shows que não estão
organizando os membros da rede nos ajuda e muito ( equipe tecnica,
estrutura tecnica, hospedagem quando necessario)..enfim. Nos sentimos
tão bem, que parece ser facil muito facil para nos hoje organizar
isso.rsrsrsrs

- Trabalho de bases Locais - Alem do trabalho junto ao coletivo, o
atendimento ao publico rende muito. Trocar ideia, pegar emails; sair e
trocar ideia, manter contato.. tudo isso sempre nos rendeu parcerias
de trabalhos futuros, parceiros para a rede. Fora que ve tem mapeado o
seu tamanho em varias cidades, mantendo esse publico informado,
fazendo trabalho de promoções específicas... enfim.

- Circuito de Festivais - Acho que sem eles, a nossa expansão seria
bem menor. Imagina, tocamos no Primavera Sounds 2010 (Espanha), puta
festival foda, animal, estrutura fudida.! E meu, melhor ainda
tocaremos no Calango 2010(Brasil). Foda, mega estrutura, mega
atendimento ( melhor que o do primavera, eu garanto), e as condições
são as mesmas. Aqui, bem melhores. Acho que os festivais brasileiros
são fundamentais para o fortalecimento de TODAS as bandas. Os
Festivais internacionais são para mostra pra voce, que nos temos menos
dinheiro, e que, como nós somos tão bem preparados. E é o mesmo role.
Nego só reclama para tocar aqui. mas lá fora fazem o investimento sem
pensar, se aquilo realmente vale algumas vezes.

Esse acho que foram os principais fatores para conseguirmos, Hoje, ter
retorno com circulação.

Acho eu que se não tivessemos em 1º lugar, a estrutura do Coletivo
Espaço Cubo, o Cubo Card; ainda estariamos lá atras, ou talvez nem
estariamos..rsrs.

O trabalho do coletivo, com a disponibilização de estrutura, equipe,
práticas diarias, laboratórios de criação e espaço para exposição,
investimento coletivo... Bom, todo mundo sabe o quanto isso segnifica
para uma banda.

Outro ponto crucial foi a disponibilidade. Nunca tive outro emprego na
minha vida, quanto eu comecei a tocar eu tinha 15 anos e disse que era
isso que eu queria fazer. Quando apareceu a 1ª oportunidade para
montar algo que me possibilitasse viver daquilo (musica) eu abrassei.
Tinha 18 anos, e estava na faculdade de musica.

Lógico de sai da faculdade por não conseguir levar os 2. A banda
depois do Noise de 2005 não parou mais. Tocamos 12 festivais em 2006.
Em 2007 voltamos a praticamente todas as cidades que fomos em 2005 e
2006, fazendo casa de shows e outros festivais. No final desse ano
gravamos o disco e no ano seguinte foi paulada.! Fizemos muitos
shows..mesmo. Dos 12 meses no ano, passei acho que somente 2,3 em
cuiabá ( isso juntando todos os dias). Foi intenço. Varias tours (umas
3/4 naquele ano). Depois do disco lançado vinheram os premios e
indicações. Varias tbm.

Conseguencia?

2009 mais circulação intença.

Me lembro que nesse ano foi o ano que capitalizamos bem a banda,
conseguindo incluir dentro da cartela, shows que pagavam bem, davam
todas as estruturas de logistica e enfim. Alem de conseguir fazer mais
festivais, alguns investindo para ir outros não.

Com isso a banda foi ganhando experiencia. Fomos para Festivais na
gringa ( Argentina, Canada e Espanha), onde isso rendeu tours nesses
paises e expansão de publico; Começamos a ocupar espaços em festivais
nacionais que até então não davam espaços para bandas independentes-
instrumentais.

Isso tudo depende muito de nós. A criação de um novo costume demora.
Nego ainda não tem o costume de sair de casa para ir ver show na
segunda. terça. quarta feira. ( salve em alguns lugares). Os
produtores estão dispostos a investir em abrir a casa numa segunda
para levar preju?
É o mesmo que uma banda pensa quando é chamada para tocar em um lugar
onde ela tem que "pagar para ir."

Acho que para viabilizar o role tem que existir o trabalho em
parceria. A logica de bilheteria para mim sempre mostrou muito a
realidade da banda. Sempre me baseio por ela em alguns casos para se
montar uma proposta de show. shows em tours são bem viaveis com
acordos de bilheteria. Ai, a % fica a cargo de cada realidade. Nós
podemos trabalhar com uma, 80% - 20%. outros não.

Enfim. Exercitar a negociação é outra coisa muito boa. rsrs

Ps: Debates maravilhosos.!

Ynaiã benthroldo

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Negócio Caracu - Entramos com a cara e com o .......


Bom, dentro da nossa lista de bandas que, reúnem bandas não só envolvidas no processo dos coletivos do @foradoeixo, mas sim bandas do Brasil todo (que gostam de participar de listas e discutir.). Recentemente recebemos um email que trata sobre uma relação de produção de eventos muito “Via única”. Quem mandou o email, foi Fabio Pedroza ( baixista do @móveis e membro do CEBAC DF, um dos novos órgãos de músicos independentes no Brasil). Bom, dêem uma lida ai:

PS: para quem quiser add o grupo o email é esse: bandas-fde@googlegroups.com



Olá, tudo bem?

Recentemente recebemos o e-mail da sua banda com interesse em participar de
um dos eventos organizados pela Interlude no Estação Music Bar.

No dia 26/09 teremos show com a banda Rancore www.myspace.com/rancore

O evento será no Estação Music Bar www.estacaomusicbar.com.br Rua Augusta,
430

Os ingressos antecipados custarão R$ 15,00 cada e poderão ser adquiridos na
mão das bandas participantes. Na porta o valor será R$ 20,00

Para sua banda participar ela precisa retirar uma cota de ingressos de
acordo com o horário que deseja tocar.

Abaixo seguem as cotas de ingressos para o show do Rancore

PALCO 1

21:00 Rancore
20:00 70 ingressos
19:30 60 ingressos
19:00 60 ingressos
18:30 50 ingressos
18:00 50 ingressos
17:30 40 ingressos
17:00 40 ingressos
16:30 30 ingressos
16:00 30 ingressos


PALCO 2
20:00 ingressos
19:30 60 ingressos
19:00 50 ingressos
18:30 40 ingressos
18:00 40 ingressos
17:30 30 ingressos
17:00 30 ingressos
16:30 20 ingressos
16:00 20 ingressos

Os ingressos na mão das bandas custam R$ 15,00 e na porta será R$ 20,00

Para retirada dos ingressos deve comparecer um representante da banda com
mais de 18 anos portando Xerox do RG, CPF e comprovante de residência.

A retirada pode ser feita de entre segunda e sexta das 15 horas até 20 horas
no próprio local do evento Rua Augusta, 430.

Não reservarmos horário via fone, e-mail ou MSN, para confirmação de
participação a banda deve comparecer no local e horários informados
para retirar os ingressos.

O pagamento dos ingressos retirados deve ser feito no máximo até 3 dias
antes do evento.

Para banda de fora de São Paulo o procedimento deve ser feito com pagamento
de sinal via depósito para posteriormente enviarmos os ingressos via
correio, junto com material de divulgação. O sinal deve ser 30% do valor
total da cota retirada.

Os dados para depósito:
Agência xxx
Ag. xxxx
Conta Poupança xxxxxxxxx
Rafael Lauer de Lima
Após o depósito a banda deve enviar para contato@interludevirtual.com
o comprovante e trazer o mesmo no dia do evento.



Bom, isso para mim é pagar para tocar, literalmente. Enquanto algumas bandas reclamam em ter que bancar passagem para ir para alguns festivais ( que tem uma contra partida gigante) , e ou casa de shows que disponibilizam datas com até 80% de bilheteria, alguns, desinformados ou desesperados recorrem a isso. E esse tipo de “negócio” vem sendo praticado de forma crescente nos grandes centros. Vivendo um sonho “RESTART” de ser, algumas bandas caem nessa furada.


O investimento é inerente nesse mercado, lógico. Mas há outras formas de se investir; corretas. Esses eventos nunca trarão nenhum tipo de retorno para seus investidores (as bandas), nunca mesmo.


Mais, Por quê?


Simples-


O produtor não está interessado em dar retorno para as bandas, mas sim em explorá-las. Sugar a vontade da gurizada. O produtor não dá retorno algum para os moleques. Nenhum jornalista vai a um evento desses. Nenhum produtor de verdade vai a um evento desses, ninguém que poderia de alguma forma justificar o investimento vai a um evento desses. E se a banda teve que levar o publico dela (vendendo o ingresso) e num teve participação nenhuma nos lucros ...... ...... Eu num entendo?!


Ai alguns podem até dizer -


“ta mais você fala isso por que sua banda toca direto, ta ai na mídia, vocês tocam em festivais grandes, viajam pelo Brasil, enfim? É fácil você falar isso daí onde está.!”


Estamos no mesmo lugar. Mas o meu investimento foi correto. Tivemos “consultores financeiros” que direcionaram o nosso investimento. E quem foi?? –


O coletivo. (Ahá, ta ai, mais uma vez eles.! Hehehe)


Imagina, se 3 dessas bandas que pagam para tocar se unirem para fazer um evento? Cada uma vendendo 70 ingressos?


Eles saem no lucro. Articularam o role por conta própria, estreitaram um laço com o dono da casa de show, apreenderam a organizar um evento no mínimo. E isso, em escalas menores, é a formação de um coletivo, de um grupo, uma máfia, quadrilha ...sei lá chamem como quiser; mas a grande sacada é que existem medidas melhores do que se submeterem a esse tipo de exploração. Imagina 70 ingressos para abrir o show do Rancore mano?? E se você não vender, paga do mesmo jeito. Tem moleque que da a guitarra para pagar isso. E o mais foda é que a venda dos ingressos e pra pagar o cachê dessas bandas de merda que colocam outras bandas para pagar o cachê que eles sozinho não conseguiriam justificar. Paia demais.....


Volto a dizer, investimento é inerente. Isso é necessário, é o mercado, é a forma com que as coisas acontecem. Os produtores investem (não esse caracu, mas os produtores de verdade), as bandas investem, o publico investe. Com o tempo todos são recompensados: O produtor é recompensado, a banda é e o publico também.


Ate para um dentista é assim, ou você acha que ele monta um consultório da noite para o dia e já é famoso por suas próteses dentárias de ultima geração? Fora o tempo gasto em estudos e materiais adquiridos. Uma maca daquelas de tortura deve custar o mesmo que uma tour na Europa....rsrs

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

A estruturação de um Mercado - Meu modelo.

(macaco bong at PRS 2010)

Como que isso acontece?

Hoje uns vem fazendo o seu trabalho de forma organizada em coletivos, outros não, sozinhos, ou com gravadoras, ou enfim,. Eu apreendi na formula da estruturação coletiva, trabalhando de forma casada, criando redes e investindo nos pilares que mantem a estrutura, para conseguir produzir cada vez mais. Essa dinamica, tem muito mais trabalho fora do palco do que encima dele.

Antes de tudo ja era musico, ja tocava faz tempo, mas num sabia onde e nem como eu ia fazer aquilo que eu achava que era ser musico. tocar, gravar,compor e... e mais o q o musico faz? O que mais eu tenho que fazer para isso realmente acontecer ( tocar, gravar, compor) ?

Bom hoje em dia eu tenho um pouco mais de conhecimento e sei que o tocar, compor, gravar são as partes onde vc tem que fazer de forma muito boa. mesmo. Ser foda é obrigação sua. num é mérito nenhum. Isso, para mim é o primeira coisa que o cara tem que ter na cabeça dele quando ele monta um trabalho musical. Cara, é provado cientificamente que se vc ficar 10 Mil horas (um pouco mais de um ano) praticando uma coisa, vc fica muito bom naquilo. Então, demoro.

O outro lado, o da estruturação vc tem que ter a conciencia de que vai trabalhar bastante, 48 horas por dia, e ainda será pouco, pois temos muito para fazer nesse outro lado.

Eu passei e passo muito mais tempo trabalhando questões de estruturação do que tocando. Não que eu não priorizo o meu lado "tocador" ( a palavra musico seria incoerente), mas é porque conseguimos forma uma trabalho musical, onde, a musica vem por osmose. (Trabalhamos muito para isso, no começo ensaiavamos 3 periodos por dia.) Hoje em dia Ensaiamos poucas vezes depois que um trabalho ja esta pronto. Para deixar um trabalho "circulável", passada as 10 Mil horas, fica muito mais facil.

Para viabilizarmos as nossas tournes, nossos shows, moradia em outras cidades, tudo; foi através do trabalho do coletivo. Hoje em dia, como conseguimos nos estruturas com essas experiencias, caminhamos mais livres com relação a isso. Temos muito mais autonomia. Se eu ja fui em uma cidade, posso voltar lá novamente; e para isso não precisa mais fazer toda aquela ponte que foi feita anteriormente, fazemos a ligação direta com o sujeito.

Sempre investimos para isso acontecer. Sempre. E vamos investir sempre. Isso é outra coisa que tenho muito claro comigo.

Quem sou eu em Joinville ? Santa cartarina ? Porto Alegre ? Cuiabá? São Paulo? Recife? Maceio? Aracaju? manaus? Porto Velho? Juina? Juazeiro do norte? Souza? Cubatão? Berlin? Barcelona? Montreal? New York?

Num primeiro momento vc num vai ser ninguem em lugar nenhum, ate criar a demanda para ser alguem no lugar. Apartir da 3ª, 4ª vezes que vc vai a um lugar, vc começa se tornar alguem.

Pow, ja foi 3,4 vezes né ?!

Se o trabalho for bem feito, vai. Se não; não vai nem a segunda.

Porque? Culpa do produtor, do festival, da casa?

Para mim não. Culpa da banda.

Vc consegue mostrar para o produtor local que vc teve um feed back legal na cidade dele? que vc depois daquele show teve 30,40 ou 10,20 pessoas que add vc nos seus "profiles" ? Que rolou um diario de bordo da banda no local em ocasião falando do espaço, do show, das pessoas envolvidas, fazendo promoção, trabalhando de roadies, tecnicos de som, fazendo transmissão de radios, ... sei lá, tentando..

Quem faz isso? quem ja fez isso?

Eu sempre fiz. Sempre faço. ate hoje, e vou continuar fazendo.

O trabalho coletivo me preparou para fazer o que fazemos aqui ou qualquer lugar do mundo. Percebi isso na pele. Senti isso. Vivi isso, opa, tempo errado. Vivo, faço,percebo.

terça-feira, 8 de junho de 2010

FESTIVAL VOLUME II

Voltando para casa com estilo.

Apos 1 mes na estrada, voltamos para casa no dia 09.06, e ja no dia 13.06 fecharemos a ultima noite do festival volume.

Chegando la, conto mais como foi esse ultimo mes fora...

;)